"OS MARADOS"

"OS MARADOS"
A CPM 8240 serviu em Moçambique entre 8 de Outubro de 1972 e 8 de Outubro de 1974. Ligada ao Comando de Cargas Críticas, do Coronel Craveiro Lopes, andou 16 meses a fazer escoltas de material importante para a Barragem de Cabora Bassa, Situada no Songo, no centro do Distrito de Tete. A Barragem de Cabora Bassa era uma peça muito importante na Geo-estratégia concebida para Moçambique, quer a nível militar, quer económico e previa a instalação de um milhão de colonos europeus no planalto do Songo. Actualmente a energia está a ser vendida para a Africa do Sul. Os últimos 8 meses de comissão, foram passados garantindo a segurança na Cidade da Beira. Missão cumprida briosamente e de que todos os "MARADOS" se orgulham".

REGIMENTO DE LANCEIROS Nº2 - HISTÓRIA

​REGIMENTO DE LANCEIROS Nº 2

MISSÃO


O Regimento de Lanceiros Nº 2 apronta o Grupo de Polícia do Exército e garante o apoio administrativo-logístico ao Quartel-General do Comando das Forças Terrestres e Centro de Segurança Militar e de Informações do Exército.

Súmula Histórica


Herdeiro do ancestral Regimento de Cavalaria da Praça de Moura de 1708 e legatário da numeração do Regimento de Cavalaria Nº2 da reorganização de 1808 do general Beresford, é nas Guerras Liberais no periodo da primeira metade do século XIX, que é criado o Regimento de Lanceiros da Rainha, por Ordem Real do dia 07 de Fevereiro de 1833, no Quartel-General Imperial do Porto.
Durante a Guerra Civil, o Regimento comandado pelo oficial inglês Coronel Anthony Bacon, revelou uma conduta brilhante, participando nos combates de Valongo, Campanhã, São Mamede, Contomil, Leiria, Rilvas, São Brás, Ponte Pedrinha, Ribeira do Arade e nas batalhas de Pernes e Almoster - onde a sua famosa carga decidiu o desenlace da batalha- e Asseiceira, merecendo vários, de que se destacam os proferidos pelos Duques de Saldanha e da Terceira. Após a vitória do Exército Liberal e com a reorganização do Exército de 1834, o Regimento viu a sua designação ser alterada para Regimento de Cavalaria nº2, embora tenha continuado a usar a lança como arma.
Instalou-se em 1834 em Lisboa na Calçada da Ajuda no quartel originalmente edificado para as Guardas de Corpo, que nunca foram formadas no período do pós-terramoto de Lisboa nos finais do século XVIII.
Em Dezembro de 1835, seguem dois Esquadrões do Regimento, integrados na Divisão Auxiliar a Espanha comandados pelo distinto e futuro Comandante do Regimento, D. Carlos de Mascarenhas, tendo brilhado mais uma vez nas operações de Val de La Casa, Arlabam, Peña Cerrada, Zembrana, Concha e principalmente Armiñon.
Em 1888, D. Luís ordenou que o Regimento passasse a designar-se como Regimento de Cavalaria nº 2 do Príncipe D. Carlos, numa homenagem ao príncipe herdeiro, facto este, que com a subida daquele ao trono, levou a que dois anos mais tarde, se alterasse de novo a designação para Regimento de Cavalaria nº 2 - Lanceiros D`El Rei.
O despertar colonial nos finais do século XIX e as ameaças ao Imperio, levam o Regimento participar nas expedições à India em 1896 e a Moçambique em 1901.
Com implantação da República em 1910, apesar de ser então considerado o Regimento mais aristocrático do país e, de durante a Revolução se ter batido ao lado das forças monárquicas, a Unidade não foi extinta, tendo apenas voltado à designação de Regimento de Cavalaria nº 2 com a reforma do Exército de 1911.
O eclodir da I Guerra Mundial e a posterior entrada de Portugal no conflito, mobilizou um Grupo de Esquadrões deste Regimento que viriam a integrar o Corpo Expedicionário desembarcando em fevereiro de 1917 em Brest. O Ministro da Guerra louvou a força "pela forma correta e reveladora do notável zelo com que se apresentaram ".
Durante a década de 40, com a dotação de novos equipamentos motorizados, o Regimento de Cavalaria Nº 2 evolui no sentido de se constituir como Unidade Blindada de Reconhecimento, equipando-se inicialmente com a Auto-Metralhadora Humber.
Em 1948 o Regimento readquire o direito de ter na sua denominação oficial a menção da sua arma tradicional, passando a intitular-se Regimento de Lanceiros nº2, já na década de 50, equipa-se com Carros de Combate Ligeiros M5 "Stuart".
Em 1953 foi criada a Policia Militar tendo sido atribuída a sua missão ao Regimento cumulativamente com as tradicionais da Arma. Iniciou-se por essa altura a constituição de uma Companhia de Policia Militar, serviço que se estende até aos nossos dias e que gradualmente foi vinculando o Regimento à específica missão da Policia Militar. Neste âmbito, durante as campanhas do Ultramar de 1961 a 1975, formou 67 Companhias de Policia Militar e 54 Pelotões Independentes, num total de cerca de 8 mil homens, que foram mobilizados para as diferentes Províncias Ultramarinas.
Na sequência da Revolução do 25 de Abril de 1974, o Regimento vive uma fase de instabilidade a que, tal como em outras ocasiões anteriores, atende-se à sua proximidade dos centros de poder. A sua designação volta a ser alterada em 01 de Abril de 1975 para Regimento de Policia Militar. No pós-25 de Novembro de 1975, a 09 de Fevereiro de 1976 a Especialidade de Policia Militar passa a designar por Policia do Exército, com a consequente alteração do nome do Regimento para Regimento de Lanceiros de Lisboa.
Com a reorganização do Exército de 1993, a sua designação regressa à forma numérica tradicional, voltando a ser o Regimento de Lanceiros nº2.
Na última década empregou os seus militares nas Forças Nacionais Destacadas no Kosovo com um Esquadrão, Timor-Leste com dois Pelotões e mais recentemente de 2012 a 2015 contribuiu com cinco Pelotões, na segurança ao aeroporto internacional de Kabul, no Afeganistão.
Em 01 de Julho de 2015 o Regimento de Lanceiros nº 2 recebe a ordem de deslocalização para a Amadora, onde atualmente se encontra em atividade e no cumprimento da sua missão.

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