"OS MARADOS"

"OS MARADOS"
A CPM 8240 serviu em Moçambique entre 8 de Outubro de 1972 e 8 de Outubro de 1974. Ligada ao Comando de Cargas Críticas, do Coronel Craveiro Lopes, andou 16 meses a fazer escoltas de material importante para a Barragem de Cabora Bassa, Situada no Songo, no centro do Distrito de Tete. A Barragem de Cabora Bassa era uma peça muito importante na Geo-estratégia concebida para Moçambique, quer a nível militar, quer económico e previa a instalação de um milhão de colonos europeus no planalto do Songo. Actualmente a energia está a ser vendida para a Africa do Sul. Os últimos 8 meses de comissão, foram passados garantindo a segurança na Cidade da Beira. Missão cumprida briosamente e de que todos os "MARADOS" se orgulham".

ARMAS E VIATURAS MILITARES



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Helicanhão na Força Aérea Portuguesa é a denominação dada aos helicópteros Alouette III com um canhão de 20 mm montado transversalmente, de modo a disparar pela porta lateral.
Os helicanhões foram desenvolvidos durante a Guerra do Ultramar em Angola, Moçambique e Guiné para prestar apoio táctico às tropas terrestres durante as operações de heliassalto. O seu nome de código era Lobo Mau, por oposição ao nome de código Canibal dado aos helicópteros de transporte desarmados.
Origem – Alemanha (Terceiro Reich)
Tipo – Canhão Automático Construtor – Waffenfabrik Mauser AG
Peso – 42 kg
Comprimento – 1720 mm
Cartucho – 20x82 mm
Calibre – 20 mm
Cadência de tiro – 750 tiros/min
Velocidade à boca do cano – 800 m/s
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A P38 foi adaptada pelas Forças Armadas Portuguesas em 1961 como pistola 9 mm Walther m/961, substituindo a Parabellum então em serviço. Equipou desde logo as tropas em combate na Guerra do Ultramar. Desde essa altura até à actualidade mantém-se como a pistola padrão do Exército Português
Tipo: pistola semi-automática
Local de origem: Alemanha
Em serviço:1939 – presente
Criador: Walther
Data de criação:1938
Período de produção: 1939-1945 e 1957-2000
Variantes: P1, P38K, P38SD e P4
Peso: 884 g (carregada)
Comprimento: 216 mm
Calibre: 9 x 19 mm Parabelum
Ação: recuo curto com culatra fechada
Velocidade de saída: 365 m/s
Alcance efetivo: 50 m
Sistema de suprimento: carregador Mira: alça e ponto de mira.
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A Vigneron é uma pistola-metralhadora desenvolvida na Bélgica durante a década de 1950, pelo Coronel Georges Vigneron. Utilizava a munição 9 mm Parabellum e permitia o uso do carregador da pistola-metralhadora MP40. A Vigneron é uma arma de fogo selectivo para combate em proximidade em áreas urbanas ou rurais. A arma foi adoptada pelo Exército Belga, em 1953, mantendo-se em serviço até à década de 1980. Alguns exemplares também foram adquiridos pelo Exército Português para uso no início da Guerra do Ultramar (em Portugal a arma era conhecida por Pistola-Metralhadora 9 mm Vigneron m/961).
Tipo: Pistola-metralhadora
Local de origem: Bélgica
Em serviço: 1953 - 1980  
Criador: Georges Vigneron
Data de criação: 1953
Quantidade produzida:150.000 PM
Variantes: M1 e M2
Peso: 3kg (descarregada)
         3,68kg (carregada)
Comprimento: 706mm
Comprimento do cano: 300mm
Calibre: 9 mm Parabellum
Ação: blowback
Cadência de tiro: 620 tpm
Velocidade de saída: 370 - 381m/s
Mira: 550 mm
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Características desta arma
TIPO: Pistola-metralhadora
PAÍS DE ORIGEM: Portugal
CALIBRE: 9 mm Parabellum
DATA DE FABRICO INICIAL: 1961
ALCANCE EFICAZ: 100 m
ALCANCE ÚTIL: 25 a 50 mPESO: 4,020 kg com carregador municiado
COMPRIMENTO: 805 mm
MUNIÇÃO: 9x19 mm Parabellum a 8 g
VELOCIDADE DE SAÍDA DO PROJÉCTIL: 360 m/s
ALIMENTAÇÃO: Carregador metálico unifilar com 32 munições
SEGURANÇA: Imobilização da culatra
FUNCIONAMENTO: Arma de tiro selectivo automático e semi-automático, funcionando por inércia da culatra, na posição aberta
CADÊNCIA DE TIRO: 500 tpm. A FBP no modelo m/976 já possuía uma manga de refrigeração no cano, tornando-a mais precisa e fácil de controlar no disparo automático.Interessante é dizer-se que a PM FBP possuía uma baioneta, que seria caso único neste tipo de arma.
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Arma de pólvora preta de carregar pela boca
Além da utilização de armas artesanais, designadas então por "canhangulos" (espingardas artesanais compostas por uma coronha de madeira e um cano de ferro comprido - por vezes tubos de canalização, que eram carregadas pela boca com pólvora e projecteis vários - usados tipicamente para caça pelos nativos), foram também usados, numa fase inicial do conflito, mosquetes do séc. XIX (ou com tal configuração, mas de fabrico "doméstico" contemporâneo) como arma por parte dos movimentos de guerrilha.
Ao usarem como munição pedaços de metal e sucata (parafusos, restos de ferramentas partidas, etc.) ou mesmo pedras, o efeito destruidor destas armas a curta distância era apreciável e temido, provocando ferimentos dilacerantes de grande gravidade. Cedo, porém, os movimentos de guerrilha, passaram a contar com carabinas e metralhadoras de fabrico soviético e abandonam estas armas de menor prestação que apenas os assistiram em momentos muito preliminares do conflito.
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Em 1960, a Força Aérea Portuguesa procurava uma espingarda automática para equipar as suas recém formadas Tropas Pára-quedistas, até então equipadas com o armamento padrão em uso no Exército Português (pistolas-metralhadora FBP e espingardas de repetição Mauser m/938), considerado inadequado para aquelas tropas de elite. Através da empresa belga SIDEM Internacional, foram adquiridas AR-10 fabricadas pela Artillerie Inrichtingen. Estas armas vieram a conhecer, pouco tempo depois, um intenso serviço em combate, equipando os Batalhões de Caçadores Pára-quedistas empenhados na Guerra do Ultramar, em Angola, Guiné e Moçambique. A AR-10 ganhou uma reputação de precisão e fiabilidade, apesar das más condições a que estava sujeita em África.
Algumas AR-10 portuguesas foram adaptadas de modo a poderem montar miras telescópicas de 3x ou 3,6x. Estas armas eram utilizadas por atiradores especiais em pequenas patrulhas para eliminarem guerrilheiros inimigos a grande distância. Outras AR-10 eram utilizadas pelos páraquedistas para o lançamento de granadas montadas na boca do cano.
Os planos para aumentar o número de AR-10 em serviço foram gorados em virtude do embargo holandês de armas a Portugal. As tropas pára-quedistas começaram então a ser equipadas com uma versão de coronha rebatível da espingarda automática G3 já em uso nas outras forças portuguesas. Apesar disso, alguns exemplares da AR-10 mantiveram-se em serviço e ainda equiparam o Destacamento de Pára-quedistas enviado para Timor em 1975.
TIPO: Espingarda automática
ORIGEM: EUA
CRIADOR: Eugene Stone
DATA DE CRIAÇÃO: 1955/1956
PERÍODO DE PRODUÇÃO: 1956/1960
QUANTIDADE PRODUZIDA: 10 000
EM SERVIÇO: 1958/1985
PESO: 4,05 kg.
COMPRIMENTO: 1050 mm
CALIBRE: 7.62 mm NATO
AÇÃO: Atuação a gás
CADÊNCIA DE TIRO: 700 tpm
VELOCIDADE DE SAÍDA: 820 m/s
ALCANCE EFETIVO: 630 m
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A chegada da Browning M2 ao nosso país dá-se depois da nossa entrada na NATO e da assinatura do Acordo de Defesa de 1951. Dado ter-se tratado da primeira arma que possuíamos neste calibre, implicou a revisão da tipologia de atribuição às armas. Por exemplo, a Breda passou a ser vista como metralhadora ligeira. A arma foi recebida em múltiplas variantes (fixas, em tripé, em reparos AA, em veículos, em aviões e em reparos quádruplos) e tomou a designação de, metralhadora pesada 12,7mm m/955 Browning M2. Mais de 50 anos depois de a termos recebido a M2 é ainda a metralhadora pesada padrão das nossas forças armadas.
Características desta arma
TIPO: Metralhadora pesada
PAÍS DE ORIGEM: EUA
DATA DE FABRICO INICIAL: 1921
CALIBRE: 12,7mm Browning
NÚMERO DE ESTRIAS: 8
ALCANCE MÁXIMO: 6750 m
ALCANCE PRÁTICO EM TIRO TERRESTRE: 2380 m
ALCANCE PRÁTICO EM TIRO ANTI-AÉREO: 700 m
REFRIGERAÇÃO: ar
COMPRIMENTO DA ARMA: 1, 650m
COMPRIMENTO DO CANO: 1, 140 m
PESO: 38, 15 kg
PESO DO CANO: 11,80 kg
PESO DO TRIPÉ: 20,00 kg
PESO TOTAL: 58,15 kg
VELOCIDADE DO PROJÉCTIL À BOCA DO CANO: 893 mps
REFRIGERAÇÃO: ar
MUNIÇÃO: 12,7x99mm Winchester
CADÊNCIA DE TIRO: 400 a 600 tpm
ALIMENTAÇÃO: Fita de elos desintegráveis com capacidade variada
SEGURANÇA: Os modelos antigos não possuem, mas o ainda actual M2E2 tem junto ao gatilho um fecho manual de segurança. FUNCIONAMENTO: Arma de tiro semi e automático com curto recuo do cano, disparando no sistema de culatra fechada.
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O canhão sem recuo (CSR) M40 de 106mm fabricado pelos EUA evoluiu do CSR M27, do início dos anos 50, no calibre 105mm, mas que se revelou um flop, pelo que veio a ser substituído pelo M40, já em meados dos anos 50, mantendo-se o mesmo calibre, embora fosse apelidado de 106mm, para não se confundir com o anterior. O CSR M40 foi usado na guerra do Vietname e em conflitos posteriores, embora como arma anti-carro tenha sido substituída nas forças norte-americanas, pelo sistema anti-tank BGM-71 TOW. Hoje em dia, no conflito da Líbia, vêem-se as forças rebeldes com este tipo de CSR, montado em jipes, usando-o quer em tiro directo, quer em fogo indirecto.
O CSR M40 tem colocado no topo uma arma de calibre 12,7mm, denominada M8 e do lado esquerdo do canhão tem uma roda para afinação da elevação da arma, tendo no centro da mesma o gatilho. Quando este é puxado, dispara a M8, quando é empurrado dispara o canhão. A espingarda serve para verificar se o tiro do canhão está centrado no alvo a atingir. A arma está assente num tripé ou pode ser montada em diversos tipos de viatura para uma melhor rapidez de movimentação e utilização (Jeep M151, Land Rover Defenders, M113, Mercedes Benz G Wagen, HMMWVs, Toyota Land Cruisers, AIL Storms, etc. A arma foi adquirida por mais de 50 países, em especial os que tinham ligação aos EUA.
Características desta arma:
TIPO: Canhão Sem Recuo (pesado) CSR 106mm
ORIGEM: EUA
ANO: 1954
CALIBRE: 105 mm
COMPRIMENTO: 3,040m
PESO: 209,5 Kg
ALTURA: 1, 12 m
ALCANCE MÁXIMO: 6870 m
ALCANCE PRÁTICO: 1350m
CAPACIDADE DE FOGO: 1 gpm
ALINHAMENTO POR APARELHO DE PONTARIA: Colocado do lado esquerdo da arma, ao lado da espingarda M8.
FUNCIONAMENTO: O projéctil está ligado ao cartucho perfurado, como numa munição de arma ligeira, para um melhor alinhamento, carregamento e extracção do cartucho. O cartucho está perfurado para melhor saída dos gases, após o disparo, evitando o recuo da arma.
MUNIÇÃO: Granada explosiva HEAT 106X607mm
VELOCIDADE DE SAÍDA: 503 m por segundo (podendo penetrar 400 mm de blindagem).
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O morteiro é uma arma de tiro curvo, capaz de bater alvos desenfiados ou em contra encosta. O morteiro 60 mm mais utilizado era o M2 m/952, de origem norte americana.
Características desta arma:
TIPO: morteiro ligeiro
PESO: 17 kg
COMPRIMENTO: 720 mm
ALCANCE MÁXIMO (para carga explosiva): 1815 m
CADÊNCIA DE TIRO: 18 g p/m
GRANADAS: explosivas, de iluminação, de fumos e de exercício
COMPOSIÇÃO GERAL DA ARMA: cano, suporte, prato base e aparelho de pontaria FUNCIONAMENTO: arma de ante carga, culatra roscada, de alma lisa e percutor fixo. O lançamento é proporcionado pelos gases que se formam na explosão da carga propulsora e suplementares (se for necessário), quando a granada é percutida, após percorrer o cano por inércia.
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A pistola-metralhadora foi desenhada por Israel após a Guerra Árabe-Israelita de 1948. O desenho foi baseado no da CZ Modelo 25. A Uzi foi, assim, submetida à avaliação do exército israelita, vencendo outras armas com desenhos mais convencionais devido à sua simplicidade e produção económica.
O modelo inicial foi aceite em 1951 e foi utilizado em batalha pela primeira vez em 1956.
A pistola-metralhadora Uzi foi utilizada pelas forças israelitas como uma arma de defesa pessoal, por soldados de suporte e de artilharia, oficiais e tripulações de carros de combate, enquanto também utilizada como uma arma de combate por forças de assalto de infantaria e forças especiais. O poder de fogo da Uzi e o seu tamanho compacto mostraram-se excelentes ao eliminar bunkers sírios e posições defensivas durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.
Mais de 90 países utilizam a Uzi e as suas variantes nas suas forças armadas ou agências policiais. Incluindo os Estados Unidos da América, Portugal e a Alemanha que utiliza especialmente a Uzi, sob o nome de MP2, para as suas tripulações de carros de combate.
Variantes:
Mini Uzi, com 360 mm de comprimento e primeiro introduzida em 1980, é basicamente uma versão ainda menor da Uzi.
Micro Uzi, com apenas 250 mm de comprimentos.
Para Micro Uzi, desenhada especialmente para unidades anti-terrorismo.
Pistola Uzi, uma versão semi-automática da Micro Uzi desenvolvida especificamente para países onde a utilização por civis de armas é restringida.
Uzi Carbine, uma versão semi-automática do tamanho da Uzi.
Tipo: Submetralhadora
País: Israel
Inventor: Uziel Gal
Data de projecto: finais da década de 40
Número de unidades fabricadas: 2000 (Modelo I),
4.397 (Exército)
Características
Calibre: 9 mm Parabellum, .22 LR, .45 ACP,.41AE
Cadência do Tiro: 600 tpm
Velocidade de saída do projéctil: 400 m/s
Alcance eficaz: 500 m
Peso: 3,5 kg
Comprimento total: 470 mm (coronha recolhida)
650 mm (coronha estendida) Alimentação: carregadores de 10 (.22 e .41AE), 16 (.45ACP) 20, 32 ou 40 munições
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O primeiro morteiro pesado M2 entrou ao serviço das forças dos EUA, em 1943, embora o primeiro morteiro de 107mm, o M1, tenha sido introduzido em 1928. O M2 entrou em serviço na Campanha da Sicília e com grande êxito, seguindo o acompanhamento da evolução da IIª Guerra Mundial até ao seu término. Fez ainda a Guerra da Coreia e a partir de 1951 foi, gradualmente, sendo substituído pelo morteiro M30, também de 107mm. No exército português foi nesta data que entrou ao serviço e acompanhou toda a campanha de África da guerra colonial.
Características desta arma
TIPO: Morteiro pesado
ORIGEM: EUA
CALIBRE: 107 mm
COMPRIMENTO DO CANO: 121,92 cm
PESO TOTAL EM POSIÇÃO DE FOGO: 151 Kg
ALCANCE MÁXIMO: 4 000 m
ALCANCE MÍNIMO: 515 m
ALINHAMENTO DE TIRO: Recurso a aparelho de pontaria apropriado
CAPACIDADE DE FOGO: 5 gpm por 20 minutos.
FUNCIONAMENTO: Ante carga, com percutor fixo
MUNIÇÃO: Granada explosiva (11,1 Kg c/3,6 Kg TNT) e de fumos.
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O lançador de granadas a foguete RPG-2 foi adoptado pela URSS em 1949. A RPG resultou dos estudos russos de armas alemãs e norte-americanas como o Panzershreck, a Bazooka e o Panzerfaust.
A capacidade de penetração do RPG-2, com a munição PG2 (HEAT) era de aproximadamente 200mm, quando disparada dentro do alcance da arma. Esta capacidade era suficiente para perfurar a blindagem dos tanques americanos dos anos 50.
O desenvolvimento das blindagens levou a que o RPG-2 ficasse rapidamente obsoleto, tendo sido substituído pelo RPG-7.
Informação genérica:
Inspirado no Panzerfaust alemão e no Panzershreck, que era uma cópia da Bazooka norte-americana, os sistemas do tipo RPG tornaram-se muito comuns em variados cenário de guerra.
Desde o inicial RPG-2 fabricado na União Soviética, até ao RPG-7 igualmente soviético mas copiado por vários países este tipo de arma tornou-se num dos principais problemas para os veículos blindados modernos.
Fácil de utilizar e de fabricar o RPG-7 tornou-se quase tão comum quanto a arma de assalto AK-47.
O sistema é composto pelo lançador e pela munição que é constituída por uma ogiva acoplada a uma carga de foguete que é disparada na direcção do alvo.
Quando atinge o alvo, a explosão produz um fluxo de metal líquido que perfura o alvo.
Este tipo de sistema mostrou não ser capaz de ultrapassar as blindagens reactivas explosivas e um novo tipo de ogiva foi desenhado, constituído por duas ogivas. Uma inicial destinada a provocar a explosão da blindagem reactiva e uma segunda destinada a perfurar a blindagem principal.
No entanto, novos tipos de blindagem reactiva não explosiva voltaram a apresentar novos desafios para os projectistas deste tipo de armas.
No entanto este problema só se coloca contra veículos blindados modernos e não contra a esmagadora maioria dos veículos blindados do mundo, que não dispõem de blindagens mais sofisticadas.
Embora seja uma arma muito divulgada pela sua facilidade de utilização, tanto o RPG-2 como o RPG-7 são armas complicadas de operar de forma eficaz se não foram utilizadas por pessoal com experiência.
Dado não se tratar de uma arma guiada, o principal problema é a dificuldade em acertar um alvo a uma distância superior a 200 metros, mas mesmo a distâncias menores os utilizadores podem não conseguir atingir o alvo com sucesso se não tiverem algum treino.
Fabricante: Soviet State Factories
Tipo de arma: Lança granada-foguete
Calibre: 40mm
Cadência de tiro: 1 disparos p/min.
Velocidade do projectil: 140 M/s
Alcance eficaz: 100M Alcance máximo: 150M
Dimensões: Comprimento: 950mm (Cano: 650mm)
Peso da arma: 4.67Kg
Depósito (Carregador): Manual munições
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A FBP é uma pistola-metralhadora projectada no final da década de 1940 por Gonçalves Cardoso, Major de Artilharia do Exército Português, combinando as funcionalidades da MP40 alemã e da M3 americana. O resultado foi uma arma de confiança e com baixos custos de produção.
A arma acabou por ser produzida pela Fábrica de Braço de Prata (FBP) em Lisboa, com cuja sigla foi baptizada.
A arma foi utilizada em combate pelas Forças Armadas Portuguesas durante a Guerra do Ultramar. A sua utilização nesta guerra levou à verificação que a sua capacidade de fazer apenas tiro automático levava a um grande desperdício de munições. Como tal, em 1963 foi introduzida uma versão aperfeiçoada com capacidade acrescida de tiro semi-automático
Variantes
FBP m/947: versão original, com capacidade limitada a tiro totalmente automático;
FBP m/963: versão introduzida em 1963, com capacidade acrescida de tiro semi-automático;
FBP m/976: versão desenvolvida em 1976, com uma manga de refrigeração envolvendo o cano que, acidentalmente, também melhorou a precisão da arma.
Características desta arma
TIPO: Pistola-metralhadora.
PAÍS DE ORIGEM: Portugal.
CALIBRE: 9 mm Parabellum.
DATA DE FABRICO INICIAL: 1947 a FBP m/947.
   “     “       “           “     : 1963 a FBP m/963
   “     “       “           “     : 1976 a FBP m/976
ALCANCE EFICAZ: 100 m.
ALCANCE ÚTIL: 25 a 50 m
PESO: 4,020 kg com carregador municiado.
COMPRIMENTO: 805 mm.
MUNIÇÃO: 9x19 mm Parabellum a 8 g.
VELOCIDADE DE SAÍDA DO PROJÉCTIL: 360 m/s.
ALIMENTAÇÃO: Carregador metálico unifilar com 32 munições.
SEGURANÇA: Imobilização da culatra.
FUNCIONAMENTO: Arma de tiro selectivo automático e semi-automático, funcionando por inércia da culatra, na posição aberta.
CADÊNCIA DE TIRO: 500 tpm. A FBP no modelo m/976 já possuía uma manga de refrigeração no cano, tornando-a mais precisa e fácil de controlar no disparo automático. Interessante é dizer-se que a PM FBP possuía uma baioneta, que seria caso único neste tipo de arma.
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O fuzil de assalto AK-47 (Avtomat Kalashnikova - 47, fuzil automático Kalashnikov, modelo de 1947) surgiu na União Soviética logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, sendo o fuzil mais fabricado de todos os tempos. Estima-se que o número de exemplares produzidos tanto na Rússia como sob licença em países como a Bulgária, China, Hungria, Índia, Coreia do Norte, Roménia entre outros, chegue a impressionante cifra de 90 milhões. Países como a Finlândia e Israel também basearam-se no projeto deste fuzil para produzirem seus modelos M62 e Galil respectivamente. É caracterizado por sua grande rusticidade, facilidade de produção em massa, simplicidade de operação e manutenção, além de reconhecida estabilidade em baixas e altas temperaturas. Deixa a desejar nos requisitos precisão, ergonomia e peso.
Características:
TIPO: Rifle automático
Peso: 3,6 kg (descarregada)
         4,3 Kg (carregada)
Comprimento: 870 mm
Comprimento do cano: 415 mm
Calibre: 7,62x39 mm
Acção: gás
Cadência de tiro: 600 tpm
Velocidade de saída: 721 m/s
Alcance efectivo: 300 m
Sistema de suprimento: carregadores de 20, 30 ou 90 munições
Mira: alça regulável e ponto de mira
Histórico de produção
Origem: União Soviética
Criador: Mikhail Kalashnikov
Data de criação: 1947
Período de produção: 1947 até actualmente
Variantes: AK-47, AK-47/1952, AKS-47, RPK, AKM, AK-74,AK-101, AK-103, E AK-107
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Canhão sem recuo 75 mm m/52 é um tipo especial de canhão com uma retro-abertura que permite a saída dos gases provocados pelo disparo da sua munição, evitando o recuo da arma que ocorre nos canhões convencionais.
Até aos anos 70, os CSR eram usados como arma anticarro. No entanto, a partir dessa altura foram sendo substituídos por mísseis anticarro. Actualmente são usados sobretudo CSR ligeiros, como arma de apoio directo de infantaria contra veículos ligeiros e contra pessoal.
O Exército português possuía os canhões sem recuo (CSR) M18, no calibre 57mm (no EP CSR 5,7cm M/52), de origem EUA, que surgiu em 1945, o M20, no calibre 75mm (no EP 7,5cm M/52), também surgido nos finais da II GM e o M40, surgido em meados dos anos 50, no calibre 106mm (no EP 10,6cm) - embora verdadeiramente fosse do calibre 105mm, mas para não se confundir com o M27, ficou conhecido por 106.
Os canhões sem recuo não terão sido muito usados pelas forças portuguesas, isto em termos ofensivos, mas o CSR Ligeiro 5,7 cm, o CSR 10,6 cm e CSR´s apreendidos às forças IN, mormente o famoso B10, foram usados para defesa de aquartelamentos, ao contrário, o PAIGC usava-os com frequência.
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A MG34 foi desenhada primeiramente por Heinrich Vollmer da Mauser, baseada na Solothurn 1930 (MG30) desenhada pela Rheinmetall-Borsig, que também fora recentemente introduzida e que entrara em serviço na Suíça.
A metralhadora era usada com um bipé e pesava apenas 12.1 kg, consideravelmente menos que outras da mesma era. Podendo utilizar dois tipos de compartimento de munição, de 7,92 mm.
A nova arma foi aceite para serviço quase imediatamente, e as tropas geralmente apreciavam-na. Foi utilizada com grande efeito por soldados Alemães assistindo os fascistas na Guerra Civil Espanhola. No seu tempo era considerada mais avançada que as armas equivalentes usadas por outras forças (com excepção da MG30), tanto em termos de velocidade de disparo, como por ser mais fácil de ser carregada – apenas por um soldado. Contudo a MG34 era muito cara, em função dos materiais necessários para a sua fabricação (49 kg de aço), e não podia ser desenvolvida no montante necessário para o exército Alemão, que se encontrava em expansão. Ficou, também, provado que era pouco resistente a condições climáticas mais severas, danificando-se facilmente quando suja.
Nos fins dos anos 1930, já havia esforços para simplificar a MG34, que desaguariam na MG42. Contudo a MG42 não podia ser utilizada em tanques devido ao seu barril quadrado; dessa forma, a MG34 continuou em produção até ao fim da guerra.
A MG34 também era utilizada como base de uma nova arma antiaérea: a MG81. Para esse papel, a arma foi ligeiramente modificada para que dispusesse de compartimentos de munição em qualquer um dos lados; noutra versão, duas armas eram juntas num único gatilho para formar a MG81Z (de zwilling, gémeo em Alemão). A produção da MG34 nunca foi suficiente para agradar aos seus utilizadores e, enquanto a MG81 era um grande melhoramento sobre a MG15 e MG17, essas armas ainda podiam ser encontradas em uso até o fim da guerra.
Em 1944 o Exército Português recebeu um lote de MG34, que em Portugal ficaram conhecidas por Metralhadora Borsig m/944. Estas armas destinavam-se a complementar as Dreyse m/938 (MG13) como metralhadora ligeira dos pelotões de Infantaria. Uma grande curiosidade é o facto da Alemanha ter acedido vender as MG34 a Portugal, numa altura desesperada em que necessitava de todas as armas modernas que pudesse obter.
Tipo: Metralhadora
País: Alemanha
Inventor: Dreyse
Data de projecto: 1930
Período de produção: 1930 -1935
Tempo em serviço: 1930 - Década de 1960
Características
Calibre: 7,92 x 57 mm Mauser
Cadência do Tiro: 600 tpm
Velocidade de saída do projéctil: 890 m/s
Alcance eficaz: 2000 m
Peso: 13,3 kg
Comprimento total: 1340 mm
Alimentação: carregadores tipo caixa de 25 munições ou tipo sela de 75 munições
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Características desta arma:
TIPO: Morteiro pesado
ORIGEM: URSS
CALIBRE: 120 mm
COMPRIMENTO DO CANO: 185 cm
PESO DO CANO:
TAMANHO DO PRATO BASE: 100cm
PESO DO BIPÉ: 20Kg
PESO DO PRATO BASE:
PESO TOTAL EM POSIÇÃO DE FOGO: 170 Kg
ALCANCE MÁXIMO: 5700 m
ALCANCE MÍNIMO: 400m
ALINHAMENTO DE TIRO: Recurso a aparelho de pontaria apropriado (MPM 41/MP42)
CAPACIDADE DE FOGO: 12/15 gpm.
FUNCIONAMENTO: Ante carga, com percutor fixo/ou manual MUNIÇÃO: Granada explosiva (15,4 Kg) e de fumos (16Kg) e Incendiária (16,7Kg)
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O MP34 foi baseado num projecto para o MP18 pela empresa Rheinmetall com sede em Düsseldorf. A arma é semelhante em design para a Bergmann MP18, que por si só viu o serviço para o fim das restrições a Primeira Guerra Mundial sobre a fabricação de armamentos determinados no âmbito do Tratado de Versalhes 1919 proibiu a Alemanha de fabricação de certos tipos de armas, como a luz automática armas de fogo (designado como SMGs com barris de mais de quatro polegadas e revistas com mais de oito rodadas). Para contornar o tratado, Rheinmetall adquiriu a empresa suíça Waffenfabrik Solothurn em 1929 e iniciou a produção secreta de um protótipo. O que era para se tornar o MP34 foi originalmente designado 'S1-100' usando convenção da empresa de nomenclatura padrão. Devido à empresa Solothurn sendo inadequado para a produção em massa, Rheinmetall tomou uma participação de controlo na Waffenfabrik Steyr, um fabricante de armas estabelecida na Áustria. As armas fabricadas pela Steyr foram vendidas através da empresa de comércio com sede em Zurique Steyr-Solothurn Waffen AG para os mercados comerciais e militares. A MP34 foi fabricada a partir dos melhores materiais disponíveis e terminou com o padrão mais elevado possível. Ela foi muito bem produzida e tem sido muitas vezes apelidada de "Rolls Royce das pistolas-metralhadoras". No entanto, os custos de produção eram extremamente elevados, como consequência. Portugal comprou pequenas quantidades do S1-100 em calibre 7,65 milímetros Luger, em 1938, e a arma foi adoptada como a arma m/938 submetralhadora. Em 1941 e 1942, um número maior de armas de 9 milímetros MP34 foram entregues a Portugal pela Alemanha. Em Portugal, a MP34 9 milímetros era conhecida como m/942. As m/942 portuguesas tinham o símbolo português logo à frente do mecanismo de segurança em combinação com Waffenamt (WAA). A m/942 permaneceu em serviço no Exército Português em 1950, e foi usada até a década de 1970 por militares e forças de segurança nas ex-colónias portuguesas da África durante as guerras coloniais portuguesas.
Período de utilização: 1942-1970
Tipo: pistola metralhadora / SMG
Origem: Áustria
Fabricante: Waffenfabrik Steyr
Peso: 3870g Taxa cíclica: 500rpm
Calibre: 9x23 Parabellum, Cadência de tiro: 400-500 tpm
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Em 1962 a MG42/59 de 7,62 mm começou a substituir as antigas metralhadoras ligeiras Dreyse m/937 como arma de apoio directo dos Pelotões de Infantaria do Exército Português. Em 1968 as MG42 começaram a ser complementadas pelas HK-21. O objectivo seria a substituição completa das MG42 pelas HK21. No entanto as MG42 foram sempre mais apreciadas pelos militares portugueses e acabaram por se manter em serviço até à actualidade.
Tipo: metralhadora
Local de origem: Alemanha
Em serviço: 1942 - 1968
Criador: Metall und Lackierwarenfabrik Johannes Großfuß AG
Data de criação: 1939
Variantes: MG42, MG42V, MG1 (MG42/59), MG2 e MG3
Peso: 11,57kg (descarregada)
Comprimento: 1.220mm
Calibre: MG42: 7.92 x 57 mm, MG42/59: 7.62 x 51 mm NATO
Cadência de tiro: 1.200 tpm
Velocidade de saída: 755m/s
Alcance efectivo: 1000m
Sistema de suprimento: fita de munições
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LANÇA GRANADAS FOGUETE LGF M20A1 8,9CM (BAZUCA)
O lança granadas foguete (LGF) é, como se sabe, uma arma essencialmente anti-carro, e será por esse facto que Portugal não terá procurado para a guerra que suportava nas colónias um LGF que se adaptasse às necessidades que as tropas sentiam naqueles específicos terrenos de ter uma arma deste tipo, mas mais manejável que as que estavam distribuídas. Os LGF (vulgarmente conhecidos como Bazukas, do inglês Bazooka) existiam em Portugal nos modelos de 6 cm M/955 e 8,9 cm M/952, foram largamente utilizados durante a guerra colonial, em especial o último modelo, embora, na maior parte das vezes, unicamente utilizando granadas anti-carro (Heat – High Explosive Anti Tank), de pouca eficácia anti-pessoal, compensando com o poder contundente do troar da sua explosão.
Para concorrer com os RPG do IN, os portugueses desenvolveram em Angola um lança “rockets” originalmente concebido para tiro ar-solo (utilizado nos aviões T-6), que foi também muito utilizado na Guiné, em especial pelas forças pára-quedistas, o SNEB de 37 mm, de origem francesa, bastante mais leve e manejável que a bazuca, a que alguns chamavam de “roquetim”, facilmente reconhecível pela manga do tubo furada.
No entanto, o LGF mais utilizado como arma de apoio dos grupos de combate foi o LGF 8,9 cm M20 e M20A1, de origem EUA, conhecidos pela “bazooka” e “Super bazooka”, respectivamente. Algumas unidades possuíam o LGF Instalaza 8,9 cm, de origem espanhola, muito semelhante à bazuca americana, mas que tinha uma protecção para o atirador.
Características do LGF M20/M20A1 8,9 cm
TIPO: Lança granadas foguete
ORIGEM: EUA
ANO DE FABRICO (primeiros modelos): 1942
COMPRIMENTO: 153 cm
PESO: 5,9 kg
ALCANCE MÁXIMO 150/200 m
VELOCIDADE: 160 m/S
CAPACIDADE: Perfura 280 mm de blindagem
FUNCIONAMENTO: Arma de retro-carga, de disparo eléctrico, movendo-se a granada por acção de foguete propulsor.
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1939
Espingarda semi-automática Simonov, calibre 7,62, com capacidade para 10 munições.O desenho da arma remonta aos anos 30 quando Fiódor Tokarev desistiu das suas tentativas de desenhar uma espingarda auto-carregadora operada ao recuo, e concentrou-se no princípio de uma arma operada a gás.
Staline tinha um grande interesse pelas espingardas semi-automáticas de infantaria, e em 1935 uma competição de design foi organizada, no qual foi ganha pelo design de uma espingarda por Serguei Gavrilovitch Simonov, e que foi aceite ao serviço no ano seguinte como AVS-36. Contudo, os problemas com a AVS rapidamente começaram a ser vistas, e uma outra competição foi organizada, no qual ambos Tokarev e Simonov submeteram os seus designs melhorados. Desta vez, a espingarda de Tokarev foi escolhida (talvez parcialmente por Staline conhecer Tokarev pessoalmente). A espingarda foi aceite para produção sob a designação de SVT-38, e foi-se esperado que esta seria tornada na espingarda padrão do Exército Vermelho. Planos ambiciosos de produção foram estabelecidos: a produção estava planeada para ser aumentada para dois milhões de espingardas por anos em 1943. A produção começou em Tula em 1939.
Calibre: 7.62x39 mm
Acção: Gás, parafuso, operado inclinação
Comprimento total: 1022 mm
Comprimento do cano: 520mm
Peso: 3,86 kg vazio
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1938
A MG13 foi uma metralhadora ligeira de origem alemã projectada a partir da transformação da Dreyse MG10, um protótipo de metralhadora arrefecida a água da Primeira Guerra Mundial, num modelo de arrefecimento a ar. A MG13 foi introduzida ao serviço das forças armadas alemãs em 1930 onde serviu como metralhadora ligeira padrão. Em 1934 começou a ser substituída pela MG34 um modelo de produção mais barata e com maior cadência de tiro. A maioria das armas foram então vendidas a Portugal. Algumas das MG34 que ficaram nos depósitos alemães forma recolocadas ao serviço durante a Segunda Guerra Mundial.
A MG13 foi projectada para ser municiada através de um carregador de 25 munições ou através de um característico carregador duplo redondo de 75 munições (carregador de sela). Estava também equipada com uma coronha rebatível e com uma alça de transporte.
Uso em Portugal
No final da década de 1930 a maioria das metralhadoras MG13 em serviço na Alemanha foram vendidas a Portugal, que se tornou no seu principal utilizador. Neste país a arma foi denominada Metralhadora Dreyse m/938. A arma tornou-se a metralhadora ligeira padrão dos Pelotões de Infantaria do Exército Português, sendo utilizada até ao início da Guerra do Ultramar na década de 1960. A partir daí foi sendo substituída pela MG42 e, posteriormente, pela HK-21 
Tipo: Metralhadora
Local de origem: Alemanha
Em serviço: 1930 - 1960
Criador: Dreyse
Data de criação: 1930
Período de produção: 1930 - 1935
Peso: 13,3 kg
Comprimento: 1340 mm
Calibre: 7,92 x 57 mm Mauser
Cadência de tiro: 600 tpm
Velocidade de saída: 890 m/s
Alcance efectivo: 2000 m
Sistema de suprimento: carregadores tipo caixa de 25 munições ou tipo sela de 75 munições.
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1937
As primeiras Mauser m/937 são distribuídas às unidades em fins de 1937 e é curioso constatar que logo começam a surgir críticas múltiplas das unidades. Estas incidem sobre diversos aspectos, todos graves: dilatação dos canos nas proximidades do embasamento do ponto de mira, fracturas da caixa da culatra, fractura do cursor da alça, fracturas das paredes-molas dos detentores, fechos de segurança partidos pela patilha. Estas críticas levaram a um intenso inquérito oficial conduzido directamente pelo gabinete do ministro da Guerra (o que prova a importância que se dava ao assunto) e a testes feitos em Portugal e na Alemanha. A conclusão do inquérito foi exposta publicamente na Circular nº 10 da repartição do gabinete (Revista de Infantaria, Março a Junho de 1939) e defendia que as avarias e problemas verificados se deviam exclusivamente ao fraco conhecimento da nova arma que levou as primeiras unidades a fazerem uma utilização indevida dela. Na realidade, a Mauser m/937 viria a revelar-se ao longo dos anos uma arma sólida e robusta, pelo que as críticas iniciais só provam o apego das unidades à anterior Mauser-Vergueiro,a que se poderão juntar algumas reservas corporativas, devidas ao facto de a direcção de certas Armas não ter sido ouvida na escolha da espingarda e de em alguns sectores haver dúvidas quanto à selecção de uma arma alemã. Com a vinda da Mauser é adoptado o novo cartucho alemão de 7,92 mm, que passa a ser padrão em Portugal. É uma viragem de fundo de afastamento em relação ao calibre britânico, devidamente notada na altura - o 7,92 mm será a munição mais importante depois de 1937, mas o 7,7 mm e o 6,5 mm continuam a ser usados. As espingardas chegam em 3 modelos (m/937, m/937-A e m/937-B) com pequenas diferenças que não merecem uma descrição pormenorizada. Quando estala a Segunda Guerra Mundial, a m/937 é já a principal espingarda portuguesa, embora se continue a usar em menor quantidade a Mauser-Vergueiro (40.000 foram alteradas para 7,92 mm) e a Lee-Enfield. A 15 de Julho de 1941, é assinado um novo contrato com a Mauser para a aquisição de mais 50.000 espingardas. A entrega em 10 lotes de 5.000 prolonga-se até 1942, tendo surgido alguns problemas quanto à numeração – os primeiros 4 lotes tinham números seguidos, pois a fábrica da Mauser Werke A. G., em Oberndorlf Neckar, segundo informa, interrompeu o fabrico da arma para o Exército alemão a fim de responder à solicitação portuguesa, mas depois do 4º lote (a partir da 23.000ª arma) o Exército alemão requisita as espingardas prontas a expedir para fazer frente a uma emergência, o que interrompe a sequência da numeração. Os restantes lotes são completados com espingardas das séries de fábrica F a I, das quais só a série H teria uma numeração completa e seguida. Portugal recebe assim 150.000 Mauser m/937 entre 1937 e 1943, às quais se podem acrescentar 40.000 Mauser-Vergueiro transformadas por Braço de Prata para o calibre 7,9 mm, o que dá no final da Segunda Guerra Mundial um incrível total de 190.000 espingardas Mauser (modelos 1904 e 1937) no calibre-padrão nacional recebidas ou alteradas ao longo de quase quarenta anos. Depois da guerra, a m/937 domina por completo nas unidades da metrópole, enquanto as Lee-Enfield e as Mauser-Vergueiro são desviadas para as colónias. Na segunda metade dos anos 1950, por exemplo, a Lee-Enfield era a principal espingarda nas colónias, com mais de 15.000 armas, enquanto a m/937 só era usada em cerca de 10.000 exemplares, mas a Mauser dominava na Índia, onde havia forças expedicionárias provenientes da metrópole (6392 Mauser, contra 2718 Lee). A m/937 é a arma dos primeiros reforços que seguem para Angola em 1961. As companhias de caçadores especiais enviadas inicialmente vão equipadas com 110 Mauser m/937, 12 Dreyse ou Madsen e 3 Breda. Em 1961, porém, começam a chegar em quantidade as espingardas de assalto (FAL, G3 e AR-10), e a Mauser é rapidamente retirada da primeira linha. Muitas são entregues até 1974 às unidades de recrutamento local e às forças de auto-defesa em África, enquanto outras são usadas na instrução na metrópole ou pela GNR, que a mantém depois de 1961, quando o Exército já usa a G3. A venerável «98», uma das melhores espingardas de ferrolho que alguma vez se fabricou, ainda é usada para efeitos de instrução no século XXI.
MAUSER
País de origem – Alemanha
Calibre - 7,92 mm
Número de estrias – 4
Sentido das estrias – Dextrorsum
Comprimento da arma - 1,10 m
Comprimento do cano - 0,602 m
Velocidade inicial do projéctil à boca da arma - 755 m/s
Aparelho de pontaria - Linha de mira axial.
Alça de ranhura simples de quadrante com cursor e apoios curvos graduada de 1 a 20 hectómetros.
Ranhura em U modelo 1937-A e ranhura em V no modelo 1937.
Ponto de mira de secção rectangular (modelo 1937-A) e triangular nos outros modelos.
Alcance máximo - 4500 m
Alcance eficaz -1500 m
Peso da arma - 3,950 kg com depósito vazio.
Depósito - Fixo e central com capacidade para 5 munições.
Baioneta - Punhal-baioneta com 0,252 m de lâmina e 0,580 kg de peso.
Munição - 7,92 x 35,3 mm, 26,3 9 de peso e invólucro metálico com base em garganta e percussão central.
Mecanismo de segurança - Imobilização do percutor/cão.
Funcionamento - Arma ordinária de retro carga de tiro simples ou de repetição.
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1937
O foguete SNEB-37 de 37mm de diâmetro, é o mais pequeno dos sistemas de foguetes SNEB.
Normalmente lançado a partir de um sistema MATRA-361 este tipo de foguete foi especialmente concebido para permitir o seu lançamento a partir de helicópteros, embora também seja possível utilizá-lo a partir de aeronaves ligeiras.
Este tipo de foguete, pelas suas dimensões estava disponível apenas com ogiva de explosivo ou de treino.
Peso: 1,1kg.
Informação genérica:
Os foguetes de artilharia do tipo SNEB constituem uma família de produtos fabricados em França pela Thomson-Brandt.
Foram produzidos vários sistemas, com diferentes calibres.
O mais ligeiro de todos foi o SNEB-37 adequado para utilização a partir de aeronaves ligeiras.
O SNEB-68, era o equivalente aos foguetes norte-americanos de 70mm
Foi produzida uma versão melhorada de 100mm.
Tanto o SNEB-68 quanto o SNEB-100 podiam utilizar vários tipos de ogiva, para lá do mais comum que era o alto-explosivo adequada para atacar alvos pouco protegidos.
Foram produzidas versões de carga oca (HEAT) que permitiam a sua utilização contra blindados, além de iluminante, fumígena, além de outras para utilizações específicas.
O foguete SNEB-37 foi utilizado pela Força Aérea Portuguesa para equipar os aviões de treino T-6 «Texan» (em Portugal os Texan são conhecidos como Harvard).
Curiosamente, os portugueses desenharam uma arma de infantaria, destinada a permitir a utilização deste pequeno foguete.
A sua precisão era mínima e o seu alcance máximo quando lançado de terra também era reduzido.
Aparentemente a arma tinha um efeito psicológico, pois tinha uma ogiva de alto explosivo que mais que atingir o inimigo directamente, se destinava a desorganizar as posições adversárias.
Fabricante: Brandt / Thomson-Brandt
Função principal: Ataque ao solo
Alcance: 0.6km
Velocidade: 1600km/h
Tipo de ogiva: Alto Explosivo
Peso da ogiva: 0.25Kg.
Peso total: 1Kg
Comprimento: 0.52 m
Diâmetro: 37mm
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1937
A Breda Modelo 37 (M37) foi uma metralhadora de projecto italiano, adoptada em 1937. Foi a metralhadora pesada padrão do Exército Italiano durante a Segunda Guerra Mundial. A M37 foi projectada como substituta da problemática Breda M37, provando-se muito mais eficiente em combate. Apesar disso revelou alguns problemas da sua predecessora. Uma das suas restrições era o facto de ser alimentada por carregadores de 20 munições e não por fita, o que, para permitir um fogo rápido, obrigava que a sua guarnição tivesse dois membros, além do apontador um municiador para recolocar rapidamente novos carregadores.
Apesar da produção ter terminado em 1943 manteve-se como arma padrão depois da Segunda Guerra Mundial até ser substituída por metralhadoras mais modernas.
A M37 foi adoptada como metralhadora pesada padrão do Exército Português em 1938. Aqui era oficialmente denominada Metralhadora Breda m/938. A arma foi mais tarde usada pelas forças portuguesas na Guerra do Ultramar, sobretudo montada em viaturas.
Características desta arma
ORIGEM: Itália
CALIBRE: 7,92 mm
DATA DE FABRICO INICIAL: 1937
ESTRIAS: 4 no sentido dextrorsum
COMPRIMENTO: 1, 270
VELOCIDADE INICIAL À BOCA DO CANO: 776 m/s
APARELHO DE PONTARIA: Linha de mira lateral, de alça rectilínea com cursor e ranhura em “V”, graduada dos 3 aos 30 hectómetros. Ponto de mira de secção trapezoidal
ALCANCE MÁXIMO: 4000 m
ALCANCE ÚTIL: 3000m
ALCANCE EFICAZ: 3500m
PESO: 11, 30 kg
ALIMENTAÇÃO: Lâmina/Pente com 20 alvéolos
CADÊNCIA DE TIRO: 240 tpm (c/12 lâminas), mas podendo chegar a 400 tpm
MUNIÇÃO: 7, 92 mm Mauser, de percussão central
SEGURANÇA: Imobilização do gatilho
FUNCIONAMENTO: Arma automática, de tiro automático, com tomada de gases num ponto do cano e com regulador de tomada de gases.
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1931
O principal morteiro médio utilizado na guerra colonial foi o Brandt m/931, desenvolvido por esta firma em França, no final dos anos 20 (1927), (ainda que baseado no desenho do morteiro Stokes, de origem inglesa) e conhecido como o Brandt 81 mm mle/27/31 (por ter sido redesenhado em 1931). Foi o morteiro das forças francesas na IIª Guerra Mundial. Depois da ocupação nazi foi utilizado pelas forças alemãs a contento e deu origem a um morteiro do mesmo tipo norte-americano e muitas cópias pelo mundo fora.
Características desta arma
TIPO: Morteiro médio
ORIGEM: França
CALIBRE: 81, 4 mm
COMPRIMENTO DO CANO: 126 cm
PESO DO CANO: 20, 7 Kg
PESO DO BIPÉ: 18, 5 Kg
PESO DO PRATO BASE: 20, 5 Kg
PESO DO APARELHO DE PONTARIA: 1,3 Kg
PESO TOTAL EM POSIÇÃO DE FOGO: 61 Kg
ALCANCE: 4 000 m
ALINHAMENTO DE TIRO: Recurso a aparelho de pontaria apropriado
CAPACIDADE DE FOGO: Variável (15 a 30 gpm)
FUNCIONAMENTO: Ante carga, com percutor fixo e de tubo de alma lisa. O disparo dá-se por queda da granada sobre o percutor e o lançamento por acção dos gases da carga propulsora e das cargas suplementares, se as houver.
MUNIÇÃO: Variada (granada explosiva normal (3, 2 kg), explosiva de grande potência (6, 9 kg), de fumos, iluminação e de treino). As granadas podiam levar cargas suplementares presas nas alhetas que lhe davam um maior alcance. Havia granadas que armavam por inércia e só depois disso é que rebentavam ao contacto e outras que rebentavam pelo contacto da mola do nariz.
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1930 - 41
A Madsen foi uma metralhadora leve desenvolvida em 1903, pelo Capitão Madsen da artilharia do Exército da Dinamarca. Sendo uma das primeiras metralhadoras leves produzidas em grande quantidade, a sua acção era única e requeria uma maquinação cuidada durante a sua fabricação. O seu funcionamento baseava-se no sistema de recuo longo do cano.
A Madsen foi uma das primeiras metralhadoras leves que foram produzidas em larga escala, sendo vendido para mais de 34 diferentes nações pelo mundo, tendo participação em diversos conflitos por mais de 80 anos.
A Madsen era uma das metralhadoras leves padrão do Exército Português, que adquiriu dois lotes, um em 1930 e outro em 1941. Estas armas ainda estavam em serviço no início da década de 1960, sendo usadas em combate nos primeiros anos da Guerra do Ultramar. A metralhadora tinha como principal emprego o uso como um armamento temporário em veículos de combate blindados Auto-Metralhadora-Daimler 4 × 4 Mod.F/64, sendo usada em Daimler Dingos que tinham a sua estrutura superior modificada onde era montada uma estrutura que permitia o acoplamento da metralhadora.
Tipo: metralhadora leve
Local de origem: Dinamarca
Em serviço:1903
Criador: Madsen
Data de criação: 1903
Peso: 9 kg
Comprimento: 951 mm
Comprimento do cano: 584
Calibre: vários
Acção: Recuo longo
Cadência de tiro: 450 tpm
Velocidade de saída: 700 m/s - 870 m/s
Alcance efectivo: 400 m
Sistema de suprimento: carregador curvo
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1908
Pistola Luger P08 foi uma antiga pistola fabricada na Alemanha.
Foi considerada como o maior souvenir da Segunda Guerra Mundial. Esta pistola foi adoptada pelo exército alemão em 1908 (daí o nome P08) e dois milhões de unidades foram fabricadas entre 1914 e 1918.
Como pistola militar, a Luger não justificava a reputação que granjeou. É elegante, boa de manusear e atira com precisão, mas sofre de várias limitações para ser considerada uma boa arma militar. Sua construção é bastante dispendiosa. O mecanismo tem muitas peças miúdas que requerem muita perfeição de fabrico e montagem cuidadosas, e as molas têm de ser fabricadas com certo cuidado. O sistema de culatra cartucho, o que pode emperrar o funcionamento da arma. Lama, poeira, gelo e neve também provocam enguiços, e uma vez que o mecanismo não é coberto, nada impede que esses agentes penetrem nele.
Quando posta de lado com a sua sucessora, a Walther P38, não há dúvida sobre qual seja uma melhor pistola para uso militar. Mesmo assim foram fabricadas algo em torno de quatro milhões de unidades desta arma, e até hoje os coleccionadores pagam altos preços por um exemplar em bom estado.
Serviço em Portugal
O Exército Português tornou-se num dos primeiros exércitos do mundo a dispor de uma pistola automática como arma regulamentar ao adotar a Luger de calibre 7,65 mm e cano de 120 mm em 1908, dando-lhe a denominação oficial de Pistola 7,5 mm m/1908.
Em 1909 Marinha Portuguesa também adoptou a Luger, mas de calibre 9 mm e cano de 100 mm, dando-lhe a denominação oficial de Pistola Parabellum m/910. Em 1912, a Marinha voltou a receber uma nova remessa de pistolas Luger com algumas alterações em relação às de 1909, que receberam a denominação Pistola Parabellum m/912.
Em 1935 foi a vez da Guarda Nacional Republicana ser equipada com pistolas Luger 7,65 mm.
O Exército Português voltou a reequipar-se com pistolas Luger a partir de 1941, mas desta vez com calibre 9 mm e cano de 100 mm, denominadas Pistola 9 mm Parabellum m/943. Estas pistolas serviram como arma de serviço dos oficiais do Exército até 1961, quando foram substituídas pela Walther P38. Parte das pistolas remanescentes, foram então distribuídas aos apontadores de lança granadas-foguete e morteiro das unidades em combate na Guerra do Ultramar, para disporem de uma arma de defesa próxima.
Tipo pistola automática
País Alemanha
Inventor Georg Luger
Data de projecto 1898
Período de produção 1900 -1941
Tempo em serviço 1904 -década de 1960
Características:
Calibre 7,65 mm Parabellum 9 mm Parabellum
Operação recuo curto
Velocidade de saída do projéctil 350-400 m/s
Peso P08: 850 g, Luger Marine: 1 kg
Comprimento total P08: 230 mm, Luger Marine: 260 mm
Comprimento do cano P08: 98 mm, Luger Marine: 150 mm.
Alimentação carregador recto de 8 munições ou carregador em tambor de 32 munições
Variantes P08, P08/14, Luger Marine 1904, Luger Marine 1904/06 e Luger Marine 1904/08
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1908
GM OFENSIVA DE GUERRA M/962
É uma arma de arremesso, destinada ao combate próximo, batendo ângulos mortos. Actua por efeito moral (grande estrondo) e por acção de sopro (deslocação do ar).
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Peso total-310 g
- Carga-190 g de T.N.T.
- Raio de acção-10 a 15 m.
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1904
A Mauser-Vergueiro foi uma espingarda de repetição, desenvolvida por José Alberto Vergueiro, oficial de infantaria do Exército Português, a partir da espingarda Mauser 98K, adaptando-lhe um novo sistema de culatra desenvolvido por si. A arma substituiu as Kropatschek m/1886 como espingarda padrão de infantaria do Exército Português em 1904.
A Mauser-Vergueiro utilizava a munição de calibre 6,5 x 58 mm (também chamada 6,5 mm Vergueiro ou 6,5 mm Portuguesa), desenvolvida especialmente para esta arma. No Exército Português a arma era oficialmente conhecida por Espingarda 6,5 mm m/1904. Uma versão mais leve e mais curta da arma era designada Carabina 6,5 mm m/904. Além de Portugal, a Mauser-Vergueiro esteve ao serviço do Brasil e da África do Sul. Ao serviço de Portugal e da África do Sul foi utilizada em combate na Primeira Guerra Mundial e em diversas campanhas coloniais. As próprias tropas coloniais da Alemanha utilizaram espingardas Mauser-Vergueiro capturadas às forças aliadas em África durante a Primeira Guerra Mundial, preferindo-as às suas Náusea modelo 1888 (Gewehr 88), de origem alemã.
Em 1939, já depois do Exército Português ter adoptado a espingarda Mauser 98k de 7,92 x 57 mm, grande parte das Mauser-Vergueiro existentes foi modificada para aquele calibre e redenominadas Espingarda 7,92 mm m/1904/39 (mais tarde, a denominação do modelo modificado foi alterada para Espingarda 7,92 mm m/1904). As Mauser-Vergueiro de 7,92 mm mantiveram-se em serviço em algumas unidades até à década de 1960, numa altura em que as espingardas automáticas já estavam em uso generalizado no Exército Português.

MAUSER-VERGUEIRO
Tipo: espingarda / carabina
Origem: Portugal
Em serviço: 1904-1939
Usado por: Portugal ,Portugal ,Brasil, União Sul Africana , África do Sul, Alemanha Democrática, África Oriental Alemã
Guerras: I I Guerra Mundial e Guerra Colonial
Criada por: José Alberto Vergueiro
Data da criação: 1904 1904
Variantes: m/1904 (espingarda) e (carabina), m/1904/39 Peso: 3,9kg (espingarda m/1904 e /1904/39), 3.6 kg (Carabina m/1904)
Comprimento: 1.110 mm (espingarda m/1904 e m/1904/39) 1100 mm (Carabina m/1904)
Comprimento do cano: 600 mm
Calibre:6.5×58mm Vergueiro (m/1904)- 7 × 57 mm Mauser (espingarda m/1904, modelo exportação)- 7,92 × 57mm Mauser (espingarda m/1904/39)

Ação: Ferrolho
Cadência de tiro: 10 tpm
Velocidade de saída: 715 m / s
Alcance efectivo: 2000 m
Sistema de suprimento: depósito interno alimentado por pente de 5 munições
Mira: alça e ponto de mira

ESPINGARDA 7,92 MM M/937 MAUSER
As diferenças entre os modelos dizem respeito ao aparelho de pontaria, coronha, braçadeiras de fixação da bandoleira e bandoleira. A culatra, de escorregamento e rotação sem cabeça móvel, utiliza um travamento bilateral simétrico à frente e um à retaguarda. O extractor é de garra de mola, está fixo a um anel móvel junto à cabeça da culatra e não acompanha o movimento de rotação da culatra na sua abertura e fecho. O percutor encontra-se permanentemente recolhido no interior da culatra, envolto por uma mola em espiral. O cão, fixo à retaguarda do percutor, destina-se a aumentar a sua massa. O carregamento do depósito é efectuado com apoio de uma lâmina de carregamento. O ejector é, em simultâneo, detentor da culatra.
Historial
A Mauser Gewehr 98 continua a ser a arma-padrão da Alemanha depois da Primeira Guerra. Uma versão melhorada do final dos anos 1920 é a Mauser 98B, mas a versão definitiva do Exército alemão na Segunda Guerra Mundial é a 98K, mais curta do que a espingarda original. A 98K começa a ser produzida em grande quantidade em 1935, quando os EUA tinham já escolhido uma espingarda semi-automática (a Garand), um dos poucos campos em que a mentalidade militar tradicional se impõe na Alemanha dos anos 1930.Em Portugal, hesitou-se muito na escolha de uma nova espingarda, com estudos e testes que se prolongam entre1928 e 1937. É curioso constatar que, em 1931, a comissão do rearmamento de infantaria se inclinava para uma espingarda semi-automática, embora a sua opinião não vingasse. A primeira opção oficial recai na espingarda inglesa Lee, mas depois, por razões mais políticas e comerciais do que técnicas, opta-se pela Mauser 98K. A escolha é, em parte, devido às grandes facilidades dadas pela Alemanha para a sua montagem sob licença em Braço de Prata com componentes importados e, em parte, devido às relações tensas com a Inglaterra em 1937, por razões que se prendem com a política portuguesa na guerra civil de Espanha. O projecto da Mauser estava incluído num ambicioso plano de modernização da indústria de defesa nacional, implementado com apoio técnico alemão, tudo enquadrado em termos financeiros pelo acordo de clearing que regula o comércio externo bilateral. A decisão quanto à compra da arma é tomada em Abril de 1937, com um contrato assinado com a Mauser a 15 de Julho de 1937, que cobre 100.000 espingardas. A Embaixada inglesa refere no seu relatório anual de 1938 que foram entregues até então 80 000 espingardas, parcialmente montadas em Braço de Prata, por um valor que andava pelos70.000 contos. Segundo a mesma fonte, a Alemanha estava tão interessada em assinar este contrato que chegou a desviar espingardas dos depósitos do seu Exército para apresentar prazos de entrega curtos a Portugal, enquanto a Inglaterra não tinha armamento moderno para entrega imediata. Na realidade, havia pressa na entrega desta encomenda, como é revelado por uma directiva do gabinete do ministro da Guerra onde se ordena que as provas de recepção devem ser rápidas, desistindo-se de todos os procedimentos que impeçam a importação de pelo menos 10000 espingardas por mês. Havia preocupações durante a crise de Munique de que a guerra na Europa estalasse a curto prazo, o que paralisaria a exportação das Mauser. As 100.000 espingardas são recebidas até Setembro de 1939 e entregues ao Exército e à GNR. As primeiras Mauser m/937 são distribuídas às unidades em fins de 1937 e é curioso constatar que logo começam a surgir críticas múltiplas das unidades. Estas incidem sobre diversos aspectos, todos graves: dilatação dos canos nas proximidades do embasamento do ponto de mira, fracturas da caixa da culatra, fractura do cursor da alça, fracturas das paredes-molas dos detentores, fechos de segurança partidos pela patilha. Estas críticas levaram a um intenso inquérito oficial conduzido directamente pelo gabinete do ministro da Guerra (o que prova a importância que se dava ao assunto) e a testes feitos em Portugal e na Alemanha. A conclusão do inquérito foi exposta publicamente na Circular nº 10 da repartição do gabinete (Revista de Infantaria, Março a Junho de 1939) e defendia que as avarias e problemas verificados se deviam exclusivamente ao fraco conhecimento da nova arma que levou as primeiras unidades a fazerem uma utilização indevida dela. Na realidade, a Mauser m/937 viria a revelar-se ao longo dos anos uma arma sólida e robusta, pelo que as críticas iniciais só provam o apego das unidades à anterior Mauser-Vergueiro, a que se poderão juntar algumas reservas corporativas, devidas ao facto de a direcção de certas Armas não ter sido ouvida na escolha da espingarda e de em alguns sectores haver dúvidas quanto à selecção de uma arma alemã.Com a vinda da Mauser é adoptado o novo cartucho alemão de 7,92 mm, que passa a ser padrão em Portugal. É uma viragem de fundo de afastamento em relação ao calibre britânico, devidamente notada na altura - o 7,92 mm será a munição mais importante depois de 1937, mas o 7,7 mm e o 6,5 mm continuam a ser usados. As espingardas chegam em 3 modelos (m/937, m/937-A e m/937-B) com pequenas diferenças que não merecem uma descrição pormenorizada. Quando estala a Segunda Guerra Mundial, a m/937 é já a principal espingarda portuguesa, embora se continue a usar em menor quantidade a Mauser-Vergueiro (40.000 foram alteradas para 7,92 mm) e a Lee-Enfield.A 15 de Julho de 1941, é assinado um novo contrato com a Mauser para a aquisição de mais 50.000 espingardas. A entrega em 10 lotes de 5.000 prolonga-se até 1942, tendo surgido alguns problemas quanto à numeração - os primeiros 4 lotes tinham números seguidos, pois a fábrica da Mauser Werke A. G., em Oberndorlf Neckar, segundo informa, interrompeu o fabrico da arma para o Exército alemão a fim de responder à solicitação portuguesa, mas depois do 4º lote (a partir da 23.000ª arma) o Exército alemão requisita as espingardas prontas a expedir para fazer.
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1886
As Kropatschek foram as espingardas padrão do Exército Português entre 1886 e 1904, apesar de terem sido substituídas pelas Mauser-Vergueiro como arma padrão, em 1904, mantiveram-se em serviço nas unidades coloniais até cerca de 1961. Além da espingarda de infantaria, foram desenvolvidas variantes mais curtas e mais leves, classificadas como carabinas, para uso das tropas de caçadores, de cavalaria, artilharia, engenharia e da Guarda Fiscal. Também foi desenvolvida uma variante da espingarda de infantaria, para uso colonial em ambiente tropical, que dispunha de um protector de mão superior, para protecção contra o aquecimento do cano.
A Kropatschek Portuguesa (dentro de Portugal, conhecida simplesmente por Kropatschek) foi uma família de espingardas e carabinas desenvolvida para as Forças Armadas Portuguesas, pela empresa de armamentos Österreichische Waffenfabrik-Gesellschaft (OE.W.F.G.), de Steyr, Áustria, com base no sistema desenvolvido pelo general austro-húngaro Alfred von Kropatschek.
As Kropatschek Portuguesas usavam a munição 8 mm Guedes desenvolvida para as espingardas do sistema Castro Guedes, inventadas pelo oficial português Luís Fausto de Castro Guedes Dias, mas nunca adoptadas pelo Exército Português.
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